sábado, 11 de julho de 2015

Leandro

    Se em algum dia você já se sentiu confuso, e eu aposto que sim, já sabe exatamente como é a vida de Leandro.
    Particularmente, eu não acredito que existam pessoas "sem futuro" nesse mundo. Isso parece totalmente hipócrita (considerando que já chamei Ronaldo de "mala"), mas eu sempre tentei mostrar o lado bom das pessoas aqui, é uma pena que elas não consigam enxergar esse lado em si. Como ser humano nós temos a habilidade de nos diminuir, de nos achar um lixo, eu admiro as pessoas que possuem o dom de se idolatrar, ele era esse tipo de pessoa.
    Pegajoso, egoísta, possessivo, o tipo de gente que se acha invencível, ele agarrava as pessoas como se fosse o ultimo ser do planeta, com medo que ela fosse para longe. Eu não o condeno, ele perdeu quem amava: a mãe largou a família quando ele tinha apenas 4 anos, então ficou morando com a avó materna até os 10 (já que o pai trabalhava noite e dia para sustentar a família), mas ela morreu... Não tinha com quem contar, a maioria ,na verdade, o criticava só pelo fato dele ser igual (pois acho que diferente é uma palavra que não se aplica mais nesse jeito de amar).
    Vou confessar que me surpreendi com todo esse preconceito quando cheguei em Rio Doce, eu vinha do Nordeste, de uma cidade quase grande, cheguei no Sudeste achando que tudo era mais moderno, mas me enganei pois na minha terra a descriminação era bem menor que no interior de SP.
    Mas será mesmo que ninguém percebia? Acho que viam, mas viravam o rosto. Ele se mostrava seguro, confiante e alegre. Como se alguém tivesse encontrado um remédio que te curasse de toda tristeza do mundo, ninguém é 100% feliz o tempo todo, mas leandro tentava provar o contrario.
    Pessoas intrigantes me atraem, me forçam a sentir algo. Querendo ou não: ele precisava de alguém de verdade, que falasse sem tabu e sem medir as consequências,também precisava de alguém companheira e de outra pessoa calada, que o fizesse ser ouvido. Essas 3 eram como seus pilares, mas ele precisava ir além do seu pequeno mundo para achar.
    Leandro sonhava alto, tinha seus objetivos mas não se esforçava para consegui-los. Eu acho que sei o que faltava: ele precisava acreditar em si mesmo.
                                                                                            Carinhosamente,
                                                                                                                 Paula.

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