Na minha passagem por Rio Doce eu descobri que as pessoas mudam mais em 3 meses do que em um ano, isso se reflete em mim, nas minhas prioridades e no modo de pensar e agir.
Agora, enquanto escrevo nas notas do celular (esperando que os textos não se percam novamente) estou dentro de um avião e é noite. Estamos passando por cima de uma cidade e o que consigo ver são as luzes, é estranho como na minha cabeça só consigo pensar que embaixo daqueles pontos luminosos existem historias, algumas tão boas que virariam livro. Me sinto esquisita em saber que com tão pouca idade não consigo mais pensar como a criança que sentada perto de mim falou pro pai "eu só consigo ver luzes".
O avião já está pousando, e agora consigo enxergar as avenidas congestionadas, o lixo nas ruas e as casas praticamente abandonadas. Logo, concluo que de cima tudo parece lindo, fantasiamos vidas incríveis para aquelas pessoas, mas quando se aproxima seu conto de fadas é destruído e você entra em um mundo de miséria, tristeza, arrogância, crueldade... Mas o fato do mundo parecer acabado não significa que não há amor, alegrias ou risadas perdidas em meio ao caus da cidade.
Talvez essa comparação fuja um pouco da realidade mas essa paisagem me lembra alguém que é exatamente como essa cidade. Leandro.
Com afeto,
Paula.
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